Não por acaso, Deus criou os seres humanos… Dotou-nos de uma inteligência com recursos potencialmente ilimitados, de uma sensibilidade capaz de captar as mais sutis manifestações da Criação, de um espírito ávido por se manifestar, além de um livre arbítrio que nos permite realizar escolhas. Não há, portanto, justificativas para abandonar nossas vidas ao acaso, à fatalidade ou a qualquer plano implacável. O ser humano pode e deve ser o agente direto da própria vida.
Inspirada nesses conceitos da Ciência Logosófica e convicta de que somos responsáveis por guiar os filhos durante as fases iniciais de suas vidas, compartilharei com vocês uma experiência vivida recentemente com uma de minhas filhas — uma criança inteligente, ativa, esforçada, vibrante e estudiosa.
Desde o início da pandemia, em 2020, com as atividades escolares realizadas de forma virtual, o desânimo apareceu, trazendo dificuldades na realização dos deveres, no estudo do conteúdo, na concentração para assistir às aulas. Fui bem compreensiva, procurando ajudá-la o máximo possível e com a esperança de que tudo se resolvesse logo. Infelizmente, não foi isso o que aconteceu, e 2021 iniciou-se com as atividades escolares mais uma vez de forma virtual, sem previsão de retomada.
Mais um ano escolar semelhante ao de 2020 seria muito prejudicial à minha filha. Mas como modificar a situação? O que eu poderia fazer para ajudá-la? O conteúdo escolar aprendido no Ensino Fundamental – segmento no qual ela é aluna, como o próprio nome diz, é fundamental para o seu futuro escolar. Estava convicta disso e de que ainda era tempo de modificar a situação.
Refletindo sobre o assunto, tive a ideia de aproveitar um horário que já havia conquistado para nós duas ficarmos juntinhas, quando aproveitávamos para brincar e conversar muito. Era delicioso, e o dia da semana mais esperado por ela, não trocando por nada esse momento. Nesse dia, entre uma brincadeira e outra, expus a ela de forma clara o quanto o estudo era uma das mais, senão a mais importante das atividades que tinha na sua idade, do seu valor para a construção do futuro, para a realização do seu sonho de ser veterinária, e das portas que o estudo abre na vida. Disse-lhe que estudar de forma presencial é realmente muito melhor, mas que nesse momento de pandemia era o possível de ser feito, que ainda não sabíamos quando a situação seria resolvida, e que, então, adaptar-se seria o melhor e o mais inteligente a ser feito, tanto para o presente quanto para o futuro.
Destaquei que ela possuía tudo para construir um futuro maravilhoso, mas dependia principalmente do seu esforço e, em seguida, expus algumas formas que considerava efetivas para solucionar o problema. Deixei bem claro que estava falando tudo aquilo porque a amava demais e só queria o seu bem.
Como esperado, não gostou do que escutou, dizendo que aquela conversa tinha atrapalhado nosso momento juntas e se afastou de mim, indo brincar em outro canto. Ainda no mesmo dia, porém, ela me chamou e disse que concordava com algumas coisas que eu havia dito e, já a partir do dia seguinte, suas atitudes frente às aulas on-line e tarefas escolares foram melhorando de forma considerável, voltando, aos poucos, o estímulo pelo estudo.
Frente à alegria do resultado alcançado, não poderia deixar de destacar que aprender a me tornar a agente direta da minha vida, podendo auxiliar aos demais, é um dos conhecimentos mais importantes que a Logosofia me tem ensinado!
Diante das dificuldades – que são inerentes à vida de todo ser humano – adaptar, pensar, encontrar as melhores e mais felizes soluções constituem uma excelente oportunidade para aprender e ser melhor! Esse é um bem que a Logosofia traz à minha vida: eu posso ser melhor!