Iniciei os estudos logosóficos há alguns anos e, desde o início, vislumbrei que viveria uma nova fase na minha vida, que corresponde, em sua essência, a um genuíno despertar em relação a tantas coisas que antes passavam despercebidas. 

Pude conhecer o criador da Logosofia, Carlos Bernardo González Pecotche, por meio da sua obra. Um ser humano evoluído, que viveu os seus dias em pleno uso das suas faculdades mentais e sensíveis, e que usou essa grande prerrogativa para construir a Obra Logosófica, deixando para a humanidade um verdadeiro legado de sabedoria e um método original e único, que ensina a realizar o processo de evolução consciente. 

A missão do autor, ao criar a Obra Logosófica, era contribuir para a formação de uma humanidade melhor, ajudando as pessoas a aperfeiçoar a própria vida.  Durante a sua vida, ele se dedicou a oferecer seus conhecimentos por meio de livros e conferências, espalhando o bem e despertando nas pessoas o anelo de superação e de viver uma vida superior. Foi essa aspiração que senti e me comoveu profundamente, logo nos primeiros contatos que tive com a Logosofia. 

Para mim, é impossível falar da Obra Logosófica sem falar da realização do processo de evolução consciente, esse processo que abarca toda a minha existência e que tem me possibilitado viver os meus dias com mais consciência da minha realidade interna, das minhas deficiências, das minhas virtudes e de tudo aquilo que preciso superar e integrar em minha psicologia, esculpindo em mim mesma um novo ser. 

É um processo com o qual tenho aprendido a enxergar a vida, as pessoas, as situações, a natureza, com um novo olhar, a ver algo mais em acontecimentos aparentemente sem nenhuma transcendência, a ir em busca das causas, a compreender o que antes parecia incompreensível, a reconhecer em mim o que me impede de fazer o bem verdadeiramente e viver a vida com alegria, confiança e mais leveza. 

Este estudo se fundamenta em um conhecimento elevado, que me aproxima da minha natureza espiritual e, por conseguinte, de Deus, de uma forma que nunca imaginei ser possível. 

Sinto que, aos poucos, vou me conectando com a minha essência e com a vida que realmente quero viver. Uma vida que me preenche com tudo o que é autêntico e eterno. 

Ao recordar a minha trajetória, fica muito claro que uma grande parte daquele trajeto foi percorrido na inconsciência e com o olhar voltado para fora de mim e, por isso, vivi uma parte significativa da minha vida sem experimentar conscientemente a sensação real de existir. 

 

  “O inefável prazer de viver não se experimenta enquanto não começamos a olhar nossa vida como o principal dos trabalhos que devemos empreender. Disso haverá de surgir uma obra de arte que nos pertencerá eternamente. E que satisfação mais sublime poderia haver que a de sentirmos em nós mesmos a honra de nossos próprios méritos, forjando o juízo da posteridade? (...)"O Senhor De Sándara, p. 223 

Carlos Bernardo González Pecotche deixou para a humanidade uma herança inestimável e eterna, a Obra Logosófica, que nos ensina a esculpir a nossa própria obra de arte.