Dizem que a verdade anda de braços dados com a mentira. Bem, o fato é que eu tenho visto por aí mais mentiras do que verdades, e são mentiras que ganham um cunho de verdade pelas várias formas e insistência com que são repetidas — uma, duas, mil vezes.
O que é a mentira em sua máxima expressão? É a sombra que persegue constantemente a verdade sem nunca alcançá-la e que, como tal, esfuma-se e desaparece quando a verdade se torna transparente. González Pecotche, criador da Ciência Logosófica.
Na realização do meu processo de superação, encontrei muitos ensinamentos que fazem com que a verdade suplante a imaginação, não deixando que nenhuma ilusão ou mentira a substitua.
Uma solução que encontrei para proteger minha mente é a de fazer com que minha razão vigie a entrada de pensamentos, para evitar que alguns deles — carregados com notícias cuja origem desconheço, mas que poderão estar cheias de mentiras — dificultem a realização do meu processo de evolução consciente.
Outro recurso que tenho usado com muita frequência e que tem me beneficiado em todos os sentidos é, através da realização deste meu processo de evolução, ter sempre na minha mente, no meu coração e na minha consciência, os conhecimentos necessários para ficar próximo de pensamentos que favoreçam o avanço do meu plano de aperfeiçoamento.
Posso citar, como exemplo, o uso da paciência inteligente — uma virtude que me inspira com a calma que transmite e que me dá a sensação de total segurança por eu estar sempre apoiado na verdade.
A paciência à qual me referi, e que estou cultivando, mantém-se ativa, movimentando muitas verdades. Um bom exemplo é a paciência de quem sabe esperar. Neste caso específico, podemos observar que cada processo que nos propomos a realizar tem seu tempo e demanda uma espera que engloba todo o seu percurso até sua culminação. E essa é uma verdade que todos podemos comprovar.
Daí a necessidade que sinto de me dedicar à prática do que a Logosofia indica: “Fazer um rigoroso exame dos pensamentos que tenham maior influência sobre nós“.
Esse estudo está fazendo com que eu saiba quais os pensamentos que tenho dentro de minha mente e que comece a cultivar os de índole sadia e construtiva, como o de amor à vida, o de pensar e realizar e o de evoluir conscientemente, levando-me a conviver com eles — que são os verdadeiros guardiões desse meu mundo mental.
Estava precisando munir-me de conceitos que partissem da verdade, para realizar algo que me levasse à superação e à minha evolução como ser humano, quando tomei contato com os conhecimentos logosóficos que se fundamentam nas leis que regem a Criação, como, por exemplo, a lei de evolução, a lei de mudanças, a lei do equilíbrio, para citar apenas algumas. E, ao prosseguir em meus estudos, senti a certeza de que esses conhecimentos partem da verdade que é a própria Criação.
Compreendi também que, para poder viver nessa verdade, eu teria que descobri-la dentro de mim, e usei como ponto de partida essa verdade, da qual eu faço parte, e que é a própria Criação. Queria ser um homem de verdade e vi que seria importante aumentar minha convivência com conhecimentos que me conduzissem nesse sentido.
Tudo isso passou a ter muita importância para mim, uma vez que me fez partir da verdade da minha existência, e então enriquecer essa verdade com a prática de conhecimentos transcendentes e da resolução de estar sempre próximo das verdades estampadas na própria natureza.
Quero destacar uma coisa esta noite como fundamental: um homem não pode pretender alcançar certas verdades enquanto conserva dentro de si certas mentiras; não pode pretender transfundir-se na natureza superior enquanto a inferior permanece sem a intenção de ser abandonada. González Pecotche