Todos nós poderíamos ser conscientes de que temos um poeta interno que nos inspira, sopra-nos ao ouvido coisas belas, como uma brisa fresca no ar, que nos faz ver a beleza e a inteligência da Criação, nos faz pensar… em tantas coisas, inspira-nos a escrever.

Temos aí os “poetas, seresteiros, namorados…”. (1) Temos os escritores, os compositores, os músicos e os maestros: “Foi Antônio Brasileiro quem soprou esta toada que cobri de redondilhas pra seguir minha jornada…”. (2)

Alguns compositores nos dizem que outros os inspiram e que suas canções poderiam ter sido feitas por aqueles. Eu, na minha infância, ouvia uma música que poderia ter sido composta por mim, pois falava em ser feliz. E eu queria muito ser feliz, eu queria encontrar a felicidade.

Como encaminhei essa busca pela felicidade? Hoje posso dizer que sou feliz? Como sei que sou feliz? Encontrei a felicidade? O que é a felicidade para mim?

Como venho respondendo essa inquietude que eu trazia comigo desde cedo? Que caminhos eu percorri até chegar ao conhecimento do que é a felicidade?

Que Maestro soberano foi esse quem soprou essa “toada”, a inspiração desse texto?

É Raumsol, o meu querido Mestre que, com toda sua sabedoria e generosidade, tem me ensinado a conhecer a mim mesma.

Ao tomar contato com a Logosofia e ler em um de seus livros que: “A felicidade é algo que a vida nos outorga por meio de pequenas porções de bem.” (3), busquei saber identificar essas pequenas porções de bem na minha vida

Desde criança, ao contemplar o céu, queria me aproximar dele e de Deus. A tão ansiada felicidade era uma necessidade, amplamente sentida por mim, de minha aproximação a Deus.

Ao estudar esse trecho de um dos livros da Logosofia:

Começará, então, individualmente, isto é, em cada ser humano, o trabalho inevitável e permanente de seu próprio aperfeiçoamento. Mas, para que possa realizar esta tarefa, difícil, mas não impossível, será necessário encontrar a unidade dentro de si mesmo. Chegar a ser sempre um, e não dois, como é costume que todos sejam. (4)

A Logosofia, ao me apresentar que posso evoluir conscientemente por meio da realização de um processo de evolução consciente, fez-me compreender e viver o “céu da minha felicidade”, que é o conhecimento de mim mesma e o meu reencontro com Deus.

O que é o céu da minha felicidade? É o que eu não conseguia ver, dentro de mim, por falta de conhecimentos e, hoje, à luz desses conhecimentos, vejo tanta coisa, um mundo muito mais amplo um mar de maravilhas… bosques belíssimos… altas montanhas que, ao mesmo tempo que me extasiam, movem-me e dão-me uma vontade incrível de escalá-las!

Como tenho alcançado então a felicidade? Os ensinamentos e os conhecimentos de Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol) estão fazendo essa ponte, que me tem aproximado de mim mesma e, por consequência, fortalecido meu vínculo com mais pessoas, com essa humanidade mais próxima de mim, por sentir que faço parte de uma verdadeira irmandade espiritual.

Ao realizar o processo de evolução consciente, venho sendo mais feliz, mais capacitada em compreender coisas verdadeiras e eternas, aproximando-me a cada dia daquilo que que ainda não sou: um novo ser — uno e espiritual.

Referências:

(1) Música Lunik, de Gilberto Gil.

(2) Música Paratodos, de Chico Buarque de Holanda.

(3) Livro Bases para sua Conduta, de Carlos Bernardo González Pecotche.

(4) Livro Introdução ao Conhecimento Logosófico, págs.279/4º, de Carlos Bernardo González Pecotche.