Recentemente estive refletindo sobre quantas pessoas vão e vem no mundo e passam as suas vidas no anonimato. Sem conquistas ou grandes feitos, vivem apenas por viver e atravessam um curto trajeto de décadas, limitadas aos atos de comer, dormir e trabalhar. Por outro lado, muitas pessoas se superaram, criaram coisas, desenvolveram projetos, são exemplos em suas profissões, e fazem ou fizeram algo notável para a humanidade. Não pude deixar de me questionar: em qual dessas duas categorias eu quero estar?

Viver em vão ou desfrutar uma vida repleta de perspectivas e possibilidades? A resposta é fácil… mas o que é preciso fazer para me tornar este exemplo de superação, de conquistas e de vitórias?

Muitas vezes perdi o ânimo diante de falhas, fracassos em provas, tarefas difíceis no trabalho – que fui tentando empurrar ou evitar. É comum escolhermos as coisas mais fáceis e mais cômodas, acreditando ser a decisão certa. Afinal, o esforço é custoso, a dedicação demanda trabalho e a capacitação demanda tempo. Porém, por qual caminho a escolha pelo menor esforço tem me levado?

Como universitário fui discreto e só fiz o suficiente para me graduar. Profissionalmente, amargurei o início de uma carreira na qual não via muita possibilidade de sucesso. Atribuí a falta de realização profissional a fatores externos, dizendo que “para alguns a vida é mais fácil” ou “fulano veio de uma família mais rica, então é natural o sucesso dele”.

Observo, pelo menos em mim, que há carência de vontade para sobreviver às lutas que devo enfrentar na vida. Ao ignorar a importância de encarar toda e qualquer adversidade, vi que a vida foi se perdendo e que eu estava seguindo o caminho que não queria trilhar: o de viver em vão.

Recordei de exemplos de grandes homens: Abraham Lincoln faliu três empreendimentos antes de se tornar um dos maiores presidentes dos EUA; Michael Jordan foi cortado do time de sua escola pois não tinha talento; Henry Ford teve que tentar três vezes antes de acertar na construção de uma das montadoras mais grandiosas da atualidade; e o primeiro livro de Stephen King foi rejeitado 30 vezes, inclusive foi parar no lixo, antes de ser publicado.

Em todos estes exemplos vejo luta! Então, por que ao invés de me manter em um estado de inércia, não coloco mãos à obra com bastante força para mover a minha vontade? A satisfação ao enfrentar uma luta e vencê-la não é superior ao alívio de não suportar alguma adversidade?

Viver sem lutas é um engano! A Logosofia vem me ensinando que lutas são oportunidades para capacitação e superação, como algo necessário ao meu existir rumo à felicidade e a vida tem me presenteado com muitas novas oportunidades, que nada mais são do que frutos do meu esforço e empenho.

A carreira profissional, antes amarga, hoje é bem mais leve. Sinto que a felicidade não está no acaso ou na sorte.

A felicidade está nas minhas mãos, e é pelas lutas cotidianas que venho enfrentando, com o pensamento de superação e valentia, que venho experimentando a tão buscada felicidade.

Quando se sabe por que se vive, tudo parece lindo.

Posso não chegar a ser um Michael Jordan, mas ter a segurança da importância do meu esforço para a minha superação individual, buscando ser um exemplo para a humanidade nesse aspecto, me faz sentir escalado para jogar em seu time.