Em uma ensolarada tarde de sábado, um grupo de jovens, em uma conversa animada, manifestava com entusiasmo e alegria suas compreensões sobre o tema do estudo acerca da confiança em si mesmo.
Um ensinamento do Mestre Raumsol havia despertado profundas reflexões sobre a confiança em si mesmo e como cada um a compreendia e sentia dentro de si.
O que este ensinamento havia despertado dentro de cada um daqueles jovens?
O ensinamento é este:
A Logosofia restitui essa fé mediante a realização sobre a qual se baseia a confiança em si mesmo, ou seja, leva o homem ao domínio consciente de suas possibilidades, de seus recursos internos, de seus pensamentos, à organização de seus sistemas mental, sensível e instintivo, etc. Para isso, instituiu, como única forma de alcançar tão imponderável desiderato, o processo de evolução consciente, concretizado em um cultivo racional, amadurecido e sistemático de condições que definem a vida superior. (Curso de Iniciação Logosófica, p.59 §106 e 107)
Cecilia foi a primeira a se manifestar, com as seguintes palavras:
– Penso que o tema da confiança está ligado a todos os outros: ao arquétipo, ao querer, ao conhecimento de si mesmo, a Deus e às leis universais … Me parece que existe um segredo ao estudar a confiança em si mesmo, que revela a valentia como uma grande força! Foi muito estimulante!
Carolina, atenta à fala da amiga, disse:
– Para mim, a confiança em mim mesma é um esforço constante de conhecer quem realmente sou: compreender meus valores, minhas capacidades e desafios, reconhecer o que já realizei e saber que possuo os recursos internos para enfrentar as lutas com valentia.
Júlia logo expressou, com alegria, o que havia compreendido:
– Parece que a confiança é mesmo uma força e que não tem como separar a confiança em mim mesma da confiança em Deus, porque, quanto mais me conheço, mais conheço meu Criador e mais se apresenta para mim o motivo em que confiar. Por fim, talvez essa força seja a força divina, que Deus nos infundiu ao nos criar.
Imediatamente, Bianca, com entusiasmo, seguiu com sua compreensão:
– Para mim, a confiança é uma força que me conecta com minha própria individualidade, com minhas raízes e, principalmente, com Deus.
Bruna, que ouvia atentamente, disse:
– Confiar em mim mesma é depositar no altar do meu interno a responsabilidade de conduzir minha vida, pois é lá que reside minha verdadeira essência, a grande verdade sobre meu ser. É lá que encontro a ponte com Deus, para que Ele inunde minha vida. Só assim consigo atuar de maneira fiel ao meu ser, com grandeza, confiança, serenidade e discernimento, sabendo exatamente onde estou e onde quero chegar.
E Ingrid acrescenta logo em seguida:
– Confiar em si mesmo é, antes de mais nada, confiar em Deus. Ao confiar em Deus, sinto que adquiro energia para superar momentos difíceis e viver conscientemente os momentos felizes da vida.
Por fim, Luís Henrique, inspirado, apresentou sua compreensão:
– A confiança, para mim, tem muita relação com ter certeza a respeito daquilo em que se confia. E eu tenho certeza quando já vi algo acontecer várias vezes ou quando conheço bem o fundamento daquilo. Então, a confiança em mim mesmo depende de como atuo diante das situações e dos conceitos em que me baseio para tomar decisões – são esses conceitos realmente sólidos? Não posso fugir das grandes perguntas que me deixam indeciso.
Ali, naquela tarde comum de sábado, um grupo de jovens descobriu que confiar em si é também confiar no que há de mais elevado no próprio ser: o espírito e a busca por Deus. A roda de conversa seguia, mas algo já se movia dentro de cada um. Era mais do que palavras: eram experiências vividas.
A Logosofia, com seu método original, ensina a despertar essa confiança de forma consciente, viva, verdadeira – não para crer no que os outros dizem, mas para comprovar, com a própria vida, o que cada um pode vir a ser.