Sempre me atraíram os temas filosóficos abordados por bons escritores que, com muita delicadeza ou sem ela, influenciavam minha imaginação e me transportavam para um mundo que não era meu, mas que me atraia e que fazia com que me sentisse bem durante os momentos em que durava a leitura. Depois, vinha o esquecimento e tudo desaparecia.

Tempos depois, descobri que havia uma grande distância entre eu ler e extrair algo para minha vida e a leitura pelo simples prazer de ler algo que me agradava, que promovia uma sensação boa, até de alegria, me fazendo rir algumas vezes e chorar em outras, formando, imagens que influenciam, durante um tempo, a minha mente.

De tudo o que eu lia pouco ou nada ficava e, passado algum tempo, eu voltava ao velho hábito de ler mais livros na busca, na esperança de encontrar algo que atendesse minhas inquietudes sobre Deus, vida, espírito, consciência, existência e que promovesse em mim transformações reais e seguras.

O ensinamento segundo a ciência logosófica

Ao tomar contato com a ciência logosófica, criada pelo pensador González Pecotche, fiquei vivamente interessado, principalmente, quando ele diz que cada ensinamento é essência viva e que, todos eles contém duas forças construtivas, o conhecimento e o afeto que juntos promovem transformações na vida.

Esse conhecimento totalmente novo para mim me deixou muito entusiasmado e decidi me aprofundar nos estudos da Logosofia o que resultou em eu descobrir como dar um encaminhamento totalmente diferente para a minha vida.

No início de meus estudos, li que para obter esses resultados eu teria que realizar um processo de evolução consciente. Na ocasião, não entendi muito bem de que evolução estávamos falando e depois, percebi que, para chegar até aquele aperfeiçoamento, minha evolução estava pra lá de lenta. A receita para acelera-la era simples, voltar a atenção para meu interno para ver tudo que estava acontecendo lá dentro e cuidar para não ficar procurando, sem nenhuma necessidade, motivos de distração.

É interessante observar como esses movimentamos internos, mostravam uma ausência de domínio sobre o meu estado psicológico, umas vezes me levando a fazer tudo com pressa, talvez, preocupado com o tempo e outras agindo totalmente despreocupado, sem me importar com o tempo e não querendo me esforçar para pensar. Felizmente, hoje, posso corrigir tudo isso partindo do fato de que estou atento a esses movimentos, mais consciente do meu estado interno e sou guiado pelos conhecimentos transcendentes da Logosofía.

Minha transformação consciente

Hoje, aplicando regularmente os ensinamentos logosóficos em minha vida e com os elementos que estou colhendo de cada aspecto estudado , eu mesmo estou promovendo e assistindo minha própria transformação. E, tenho comprovado que, com a inclusão do afeto em meus estudos, eles se expandem e os resultados vão direto para minha consciência.

As forças construtivas do conhecimento adquirido têm direcionado minha vontade para organizar minha vida em todos seus aspectos, para controlar a impaciência, para promover atitudes mais serenas, para me levar a conhecer e selecionar pensamentos e a pensar em tudo o que possa interferir nesse meu processo de um aperfeiçoamento positivo, integral e consciente em minha vida psicológica, mental e espiritual.

“Com o que foi dito, torna-se perfeitamente claro que a evolução consciente não pode ficar confiada ao acaso, da memória nem da sorte, por ser o interessado mesmo quem deve converter-se em sua própria providência.”

Curso de Iniciação Logosófica

Rio de Janeiro,16 de novembro de 2020.

Sydnei Rocha


Sydnei Rocha, casado, com dois filhos e umaneta, administrador de empresas, nascido em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, estudante, investigador e docente da Fundação Logosófica desde janeiro de 1974.