Vou procurar a paz. Vou concebê-la,

Vencendo a inércia – carência de vida,

Vencendo a distração que desvalida

A consciência – planta fértil, bela!

Vou desvendar-lhe os segredos, ao vê-la.

Em plenitude, dar-lhe-ei guarida,

Pois sei que tudo o que fizer por ela

Vai fazer-me serena, renascida.

E a compreensão que agora multiplico

E que, plena de afeto, versifico,

Fará com que sosseguem minhas feras

Que dirão: – “Não te apoquentamos mais!

Se buscas, verdadeiramente, a paz,

Estás liberta! Vai-te e persevera!”

“É necessário, … vencer a morte para sentir e saber o que é realmente a vida. Vence-se a morte vencendo a inércia, que é a ausência de vida; vencendo a distração, que é a ausência de consciência, enquanto o coração pulsa ao ritmo do que chamam de vida. Verão, então, que essa vida contínua, essa vida sem as interrupções da inércia, do desânimo, do decaimento, do pessimismo, do ócio, lhes encherá de felicidade, por ser uma vida que contém força e que constantemente infundirá alegria e bem-estar a todos.” Introdução ao Conhecimento Logosófico, 4ª ed. – 2019, p. 115, 3º§.