Aperfeiçoamento

Aprendendo a pensar

junho de 2025 - 2 min de leitura
Aperfeiçoamento

Aprendendo a pensar

junho de 2025 - 2 min de leitura

Em meados de 2021 tornei-me mãe. Durante a espera pela chegada da minha filha, planejei tudo que pude, já que sempre gostei de ter controle e conhecimento sobre todas as coisas que estavam relacionadas diretamente a mim.

Porém, já nos primeiros dias vivenciando a maternidade, percebi que, além de um grande novo amor, minha filha já trazia para mim muitas possibilidades de mudança em minha psicologia. Manter o controle de tudo e querer a todo custo seguir o planejamento feito seria perda de tempo e energia. O mais inteligente seria adotar a flexibilidade e a adaptação como normas de conduta. Em síntese, eu precisava aprender muitas coisas, e, principalmente, a pensar.

Logo me dei conta de que não havia, por exemplo, uma receita pronta, ensinando como colocar nenéns para dormir; eu precisaria observar, pensar e experimentar diferentes técnicas para ver qual iria funcionar dentro do meu lar.

Essa foi uma das primeiras experiências que me fez sair de minha zona de conforto. E é claro que houve muitas outras depois desta.

Ao retornar para o trabalho, ouvi diversas vezes a pergunta: “E aí, o coração tá muito apertado?” Minha resposta automática era concordar, mas algo dentro de mim discordava. Eu havia preparado-me bastante para esse retorno; também havia preparado minha filha, e estava bem convicta do que queria. Porém, eu achava que negar o aperto no coração seria uma ousadia, iria parecer que eu não amava minha filha. Além do mais, o que os demais iriam pensar de mim? Aos poucos, aquela resposta automática começou a incomodar-me. Precisaria ser honesta comigo mesma e responder a verdade, ou seja, precisaria sair da minha zona de conforto, e mais uma vez seria necessário pensar antes de responder.

Depois de algumas vacilações, consegui dizer que, na verdade, meu coração não estava apertado, pois eu estava aproveitando o tempo que tinha com minha filha no contraturno do meu emprego, já que meu trabalho me deixava muito feliz e poder equilibrar a maternidade e a profissão era para mim motivo de muita alegria.

E aí eu me pergunto: que mulher eu quero ser?

Que mãe eu quero ser?

Que pessoa eu quero ser?

Aquela que se preocupa com o que os outros vão pensar?

Ou quero ser uma pessoa que se preocupa com o que a própria consciência julga ser correto?

Eu já tenho a resposta: quero ser uma mulher que ocupa o tempo aprendendo a conduzir sua vida conscientemente, e com isso usufruo de todos os benefícios que esse pensar gera — como ter mais liberdade, saber adaptar-me, ser flexível, ser leal comigo mesma e muito, muito mais.


Um pensamento de

Você também pode gostar

Aperfeiçoamento

A ciência de evoluir por escolha própria, por Jaqueline Miotto e Luiz Alberto Paludo | Logosofia

O ser humano é o único ser com a prerrogativa de evoluir por própria determinação. Mas como? Neste episódio, Jaqueline e Luís Alberto falam sobre algo que todo ser humano sonha em alcançar: Tr...

Aperfeiçoamento

Para que ter defesas mentais?

Neste artigo, a autora Isa Maria aborda a importância de evoluir, destacando que a mente é a chave para esse processo. Para isso, é crucial estar atento aos pensamentos que nos influenciam, tanto o...

Aperfeiçoamento

O servir ao semelhante na concepção logosófica

Quem nunca fez algo, pensando que realizava um bem e, depois, acabou sendo até mesmo julgado como mal, pelos outros. Ou quem nunca acabou sendo prejudicado por uma ação que achava que era a melhor ...