O que é estar consciente? Percebo a importância da consciência no meu dia?
Todos os dias, ao acordar, tenho uma rotina para realizar minhas atividades: desde o instante em que levanto, tomo o café, vou para o trabalho, almoço, volto a trabalhar, vou para casa, janto e, por fim, durmo, para que no dia seguinte tudo se repita. Em meio a essas e outras tarefas diárias, a maioria acontece de forma regular e previsível, pois as realizamos de forma automática. Fazem parte da rotina, e muitas vezes nem nos questionamos por que as fazemos daquela maneira ou se poderiam ser feitas de forma diferente.
Quando minhas atuações acontecem no automático, não percebo o que de fato está ocorrendo no meu dia, pois tudo se desenrola sem que as faculdades da inteligência estejam em pleno funcionamento. Assim, falhas e desvios tornam-se frequentes, e várias oportunidades são desperdiçadas, já que, sem consciência, não temos o real conhecimento do que vivenciamos.
Para a Sabedoria Logosófica,
um dos objetivos principais da Logosofia é a formação consciente do ser mediante o método de enriquecimento da consciência – e, consequentemente, de seu exercício racional e permanente em todos os momentos da vida –, os benefícios produzidos por essa nova conduta constituem um de seus mais apreciáveis resultados. (Curso de Iniciação Logosófica, p.35.)
A mente humana foi dotada de muitas prerrogativas e faculdades que potencializam o uso da inteligência, possuindo uma capacidade ilimitada de aprendizagem, habilidades e aptidões que podem ser desenvolvidas a partir dos conhecimentos que consegue assimilar. Tudo, portanto, depende do esforço e empenho em alimentá-la. Dispomos de diversos recursos mentais que nos permitem usufruir ao máximo das possibilidades humanas em prol do propósito de vida, da superação e do aperfeiçoamento. Os resultados alcançados serão proporcionais aos conhecimentos efetivamente compreendidos por essa inteligência.
Os movimentos mentais derivam dos conhecimentos transcendentes obtidos pelos ensinamentos logosóficos, que estimulam a mente e as faculdades da inteligência – como discernir, entender, observar, raciocinar e refletir – favorecendo a assimilação desses conhecimentos.
O exercício da função de pensar desperta a consciência, permitindo conhecer, identificar e selecionar os melhores pensamentos, aqueles que contribuem para soluções mais adequadas e para um discernimento mais claro nas situações cotidianas. Quanto mais consciente eu estiver, mais atenta e assertiva serei em minhas decisões.
Contudo, devo buscar constância e disciplina no enriquecimento da consciência e no aumento gradual da sabedoria da mente, utilizando as nobres virtudes para conduzir a vida, com a certeza de que, quanto mais eu exercitar e estimular minha mente, melhores serão os meus resultados em todos os aspectos mais significativos da vida.
Abenides Afonso de Faria 
Raphael Albinati 
José Augusto de Oliveira 
