O significado desses dois vocábulos é o mesmo? Se a resposta for negativa, então onde está a diferença? Alguma vez já pensou na possibilidade de não somente viver, mas de existir?
Viver nos remete a tudo o que tem vida; que nasce, cresce, morre e, no caso do ser humano, podemos ampliar um pouco mais e pensar sobre o que ocorre durante esse período.
As pessoas nascem e desenvolvem-se, passando pelas fases da infância, adolescência, juventude e vida adulta. A maioria trabalha, casa-se, tem filhos e netos, caminha para a velhice e, finalmente, morre.
Podemos afirmar que uma vida assim é limitada? E você aí deve estar perguntando: por que uma vida assim deveria ser limitada? Não vivemos para isso? É verdade: esse tipo de vida, com certeza, atende bem às nossas necessidades físicas como seres humanos.
Temos consciência do propósito e significado da nossa vida?
E o que essa consciência tem a ver com o existir?
Existir na concepção logosófica tem um significado mais amplo do que viver. O conceito de existência se aplica ao que vive eternamente!
E quem tem a prerrogativa de viver eternamente?
Para que viver eternamente?
E o que fazer para viver eternamente?
Essas perguntas impulsionaram-me na busca de respostas.
Estudando Logosofia, venho entendendo que a prerrogativa de viver eternamente é do espírito, essa partícula divina presente em todos nós. Ela nos move a sermos melhores a cada dia, a fazermos o bem a nós mesmos e aos outros, e permite-nos evoluir. Todo ser humano carrega essa essência, embora muitos não saibam ainda como a acessar ou como agir de acordo com ela.
Há algo que possa ser feito para que nosso espírito nos auxilie nessa evolução?
Estou aprendendo que preciso exercitar cinco pontos: começar por não negar que o espírito existe como parte de mim; recordá-lo diariamente; compreeender que o espírito não está visível, mas está dentro de mim; refletir sobre como estou atuando e ensaiar maneiras de favorecer a sua participação. Finalmente, pensar sobre o que agrada ao meu espírito. Nesse último aspecto, a Logosofia aconselha a buscar o equilíbrio, realizando cinco ações que agradam ao físico e cinco que agradam ao espírito.
Viver eternamente pressupõe um aperfeiçoamento que dura a eternidade. Sendo assim, podemos deduzir que não o realizaremos da noite para o dia; exigirá de nós muito conhecimento, não aquele utilizado para resolver as questões quotidianas, mas sim o transcendente, como o cultivo do esforço, da paciência, da humildade e da perseverança.
Além disso, saber que tenho um mundo interno e que posso conhecê-lo é condição para eliminar aquilo que me dificulta a avançar, como preconceitos, crenças, pensamentos- deficiências e outros. Tenho procurado contar com aquilo que já sou e tenho: os bons pensamentos, os valores, as virtudes e os sentimentos, pois são esses que me têm dado forças para seguir em direção ao que quero ser e onde quero chegar.
Conhecer as Leis Universais, uma das grandes concepções que nasceram na mente do Criador, é imprescindível, pois elas expressam a Sua vontade, aquilo que Ele deseja de nós. É necessário perceber a atuação delas em nosso dia a dia e aplicá-las em nossa própria vida.
Bem ou mal, todos nós vivemos, uns com mais e outros com menos consciência. No entanto, saber que estamos aqui na Terra não somente para viver, mas para possibilitar a existência do nosso espírito, é bastante desafiador. Ao mesmo tempo é dessa forma que encontraremos a chave para essa realização e para alcançarmos o conhecimento sobre o sentido da nossa própria vida!