Ao pensar em transformações no mundo, logo vem à mente as multidões nas ruas. Mas, afinal, o que é necessário para que uma mudança ocorra? O que gera uma transformação efetiva?
É fácil constatar que qualquer pessoa quer um mundo melhor e tem vontade de ser um ator nas mudanças. Então, o que nos limita e faz com que essa vontade não se traduza em resultados práticos? Por que nos sentimos pequenos diante de desafios tão grandes como os que o nosso país está enfrentando no campo da ética?
Percebi que, repetidas vezes, eu luto no campo de batalha errado e contra os inimigos errados… Em essência, as características de um povo são reproduções idênticas dos indivíduos que o compõem e, antes de ganhar as ruas, toda nova realidade surge primeiramente na mente de algumas pessoas, como o comprovam as mudanças históricas. Portanto, para transformar o mundo em que vivemos, é necessário que cada ser humano mude – mudar o interno para ver essa mudança refletida no externo.
Por isso, nada mais lógico que iniciar por mim mesmo, tentando ser aquilo que eu espero que os outros sejam: honestos, éticos, responsáveis, tolerantes… Em busca de conhecimentos para alcançar esse ideal, descobri um mundo até então inexistente para mim, composto por sentimentos, pensamentos, deficiências e tantas outras coisas.
Eis um ensaio:
É nesse instante, em que substituo esse estado interno pela temperança e serenidade, que consigo direcionar com acerto um pensamento da minha mente. Ao transformar meu mundo interno, minha atuação naturalmente se transforma. Este mundo eu posso mudar — e não sou tão pequeno assim!
À medida em que vou aprendendo a lidar com minha vida interna de modo consciente, a prerrogativa de evoluir passa a adquirir um novo significado. Atuar com consciência implica saber por que estou fazendo algo, de que maneira aquilo contribuirá para minha evolução, e como poderá beneficiar tanto a mim quanto aos demais.
Conhecendo os desafios que preciso superar na minha realidade interna e trilhando o caminho para poder enfrentá-los, consigo compartilhar o que aprendi, ajudando outras pessoas com dificuldades semelhantes a deixarem de ser quem eram e tornarem-se melhores. Assim posso ser um cidadão ativo.
Este é o meu mundo. Se cada um de nós transformar o seu, a humanidade certamente estará melhor.