Quem nunca se sentiu perdido durante uma caminhada ou na execução de um trabalho, desejando um conselho ou uma orientação segura que trouxesse alívio e confiança para continuar?
No último ano do ensino médio, tive uma vivência muito semelhante. Ao se aproximar o período de inscrições para o vestibular e, consequentemente, o momento de estabelecer um rumo na trajetória acadêmica e profissional, eu estava muito indeciso. Com o intuito de aliviar o peso dessa escolha, procurei meus pais. No entanto, sabiamente, eles evitaram sugerir um curso, deixando a decisão em minhas mãos. Naquele momento, eu ansiava por uma direção, pois me sentia inseguro frente a uma escolha tão importante.
Na universidade, uma nova inquietação surgiu: para onde devo conduzir meus passos? Ao contrário da popular expressão “deixa a vida me levar”, sempre senti que deveria construir minha vida com responsabilidade. Mas como conduzir-me com mais segurança diante dos desafios que vão surgindo nessa jornada? Qual o melhor caminho?
Ainda na universidade, foi-me apresentada a Logosofia, quando tive a oportunidade de participar de um concurso cultural. Nessa atividade, tive os primeiros contatos com a obra logosófica, seu autor e seus ensinamentos. Durante as leituras, muitos ensinamentos apresentavam uma lógica tão forte que não havia espaço para questionamentos, e isso me chamava muito a atenção. Contudo, o autor não aconselhava crer naquilo que se estava estudando, e sim comprovar os ensinamentos por meio das próprias experiências.
Por essa razão, decidi ser um estudante de Logosofia e seguir a rota estabelecida pelo saber logosófico, denominada de processo de evolução consciente. Tinha a impressão de estar trilhando um caminho seguro e, se os ensinamentos não fossem comprovados, especialmente nos primeiros passos, entenderia que aquele não seria o melhor percurso a seguir.
À medida que avançava nos estudos, fui percebendo que a essência desse caminho consistia em olhar para o meu mundo interno, e não para o externo. Esse caminho ensina, entre outras coisas, a realizar um rigoroso exame dos pensamentos que habitam a mente e de suas influências na vida. O autor da Logosofia ensina que cada um deve ser dono de seus pensamentos.
Nos primeiros meses como estudante de Logosofia, eu atravessava uma situação que já durava bastante tempo. Era algo com altos e baixos, não fazia bem à minha vida, e eu não sabia o que fazer. Seguindo alguns princípios logosóficos, passei a cultivar a atenção e a faculdade de observar, identificando aos poucos pensamentos negativos e dominantes que influenciavam minhas escolhas e me impediam de encontrar uma solução para o problema.
Com mais consciência daquele estado e estimulado por reflexões, busquei o amparo de pensamentos úteis e positivos, que me possibilitaram atuar para que a situação fosse resolvida de forma definitiva. Hoje, recordo com gratidão o fato de ter conseguido me desvencilhar de algo que parecia não ter fim.
Assim, por essa e outras vivências, a impressão inicial vai, cada vez mais, dando lugar à convicção de que estou em um caminho seguro, que tem me possibilitado edificar uma nova vida, com mais defesas e sabedoria na construção de um destino melhor.
Os estudos logosóficos têm sido uma bússola nessa jornada, e os resultados até aqui mostram que este é o melhor caminho para minha vida.