Tempo

Preciso de um tempo para mim

outubro de 2025 - 4 min de leitura
Tempo

Preciso de um tempo para mim

outubro de 2025 - 4 min de leitura

Júlia, como sempre, chegava atrasada para o encontro com as amigas. Isso quando não acabava faltando e, dias depois, mandava uma mensagem pedindo desculpas por não ter conseguido comparecer.

Mas, naquele dia, ela foi. Só encontrou Marília, que por acaso ainda não tinha ido embora, pois aguardava o marido, com quem havia combinado de assistir a uma palestra.

Como das outras vezes, Júlia pediu mil desculpas, mas Marília, com calma, a convidou para sentar e tomar um café.

Ainda agitada, Júlia começou a reclamar que a vida dela era uma loucura:

Minha vida é um caos. Eu precisava que o dia tivesse 48 horas para atender a todos os meus afazeres. Passo o dia correndo de um lado para o outro! Levanto-me cedo, levo as crianças para a escola, vou para o Pilates, volto para casa, me arrumo e saio para o trabalho. Pego um trânsito louco e, para variar, chego atrasada ao serviço. Tenho sempre um mundo de processos para examinar. As horas passam voando e, ao final do expediente, não despachei nem a metade dos processos. Quando percebo, a semana terminou e eu nem tive tempo para relaxar um pouco. Mal cuido de mim … Estou exausta!

– Vejo você tão serena e sempre com um semblante alegre e jovial! E olha que você também tem seu emprego, filhos d a mesma idade que os meus, e, no final do dia, ainda consegue bater um papo com as amigas e até assistir a uma palestra com o marido! Invejável! Por favor, me conta: qual é o seu segredo?

– Querida Júlia, responde Marília com serenidade. Minha vida nem sempre foi como é hoje. Eu vivia como você: queixando-me do tempo, da vida, sempre cansada. Cheguei a adoecer seriamente, a ponto de precisar tirar uma longa licença do trabalho para me recuperar.

Durante esse período, uma colega de trabalho foi me visitar. Conversamos muito sobre nossas vidas, sobre as dificuldades que surgem ao longo do caminho e sobre como é difícil organizar o tempo de modo a fazê-lo trabalhar a nosso favor. Eu disse que estava traumatizada com a palavra tempo e que, se pudesse, cortava essa expressão do meu vocabulário, pois tempo era sinônimo de correria, ansiedade, sobrecarga. Foi aí que ela me fez uma pergunta intrigante: 

Você já parou para pensar que tempo é vida? 

Fiquei sem saber o que responder; nunca havia refletido sobre aquilo. Ela então me ofereceu um livro e sugeriu que eu lesse um artigo sobre o “Valor do Tempo”. Se eu gostasse, me convidaria para assistir a uma palestra sobre o tema“ Tempo é Vida”.

Fiquei tão impressionada com o que o autor dizia sobre o tempo que, no dia seguinte, liguei para ela aceitando o convite para a palestra. Queria entender melhor esse novo conceito de tempo.

Ouvi do palestrante algo que nunca havia escutado: ele disse que “o tempo é a essência oculta da vida e que, em verdade, é a própria vida ao longo de seu percurso”.

Ele trouxe muitos aspectos sobre como tornar o tempo nosso aliado, organizando nossas tarefas de forma mais leve e produtiva. Ao final, deixou uma frase que me marcou profundamente: “Tempo que se perde é vida que se vai”.

Fui para casa imersa em tudo o que havia ouvido. “Tempo é a própria vida em seu percurso”; “Ensaie-se o governo do tempo…e se verá quantas satisfações íntimas serão obtidas” dançavam na minha mente, ecoando sem parar. Aquela palestra tinha me sacudido. Eu precisava saber mais. Fiz, então, minha inscrição para o curso de informação que a Instituição oferecia. Foi o maior bem que poderia ter feito a mim mesma.

Acabei entrando para a Instituição, onde faço estudos regulares que têm promovido profundas mudanças em minha vida; uma delas é essa que você me perguntou: o segredo para dominar o tempo e manter a calma diante de tantos afazeres do dia a dia.

– Marília, você me empresta esse livro? Quem sabe consigo sair desse sufoco em que vivo!

– Júlia, vou fazer melhor: vou convidar você para uma Roda de Conversa sobre este tema. Quer ir?

– Claro, Marília! Onde é?

– Na Fundação Logosófica, uma instituição criada pelo humanista argentino Carlos Bernardo González Pecotche, o criador da ciência logosófica. É uma escola de aperfeiçoamento humano onde se aprende, entre muitas outras coisas, a ser dono de si mesmo e a usar o tempo a seu favor, tornando-o um grande aliado. Com o estudo logosófico, tenho aprendido a organizar melhor minha vida e a não viver escravizada pelos compromissos de toda ordem.

– Nossa, que legal! É o que estou precisando. Com certeza, vou com você! Obrigada, amiga! Você me encheu de esperança. Olha ali! Seu marido acabou de chegar. Não deixe de avisar o dia e a hora da Roda de Conversa.

– Pode deixar. Não esquecerei. Até breve, Júlia!


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