“Inimigos que temos dentro? Como assim?” Certamente, diante da minha afirmação de que dentro de cada um de nós existe um mundo que precisa ser descoberto e explorado – o mundo interno –, o leitor me perguntaria, perplexo.
Provavelmente, ficaria ainda mais surpreso ao constatar que esse mundo é habitado por uma população de entidades psicológicas, que têm vida própria e podem atuar com ou sem a nossa vontade. E é justamente nessa população que encontramos os inimigos que carregamos dentro de nós: as chamadas “deficiências psicológicas”.
Como atuam esses inimigos? Como se movimentam? Como atacam? Que armas e estratégias usam? Que catástrofes provocam? Ah! Essas e muitas outras respostas tenho encontrado na Logosofia. Mais que isso: tenho aprendido que esses inimigos podem ser combatidos – e até derrotados – com os recursos da própria inteligência e sensibilidade.
E o prêmio pela vitória nesse combate? O surgimento de virtudes que dignificam a espécie humana.
Tomando por base a minha trajetória de vida ao longo dos meus 73 anos, voltei à infância e aos primeiros tempos da juventude, quando ainda não conhecia a Logosofia. De temperamento acanhado, tímida e medrosa, sentia-me insegura diante de qualquer situação que exigisse o uso da palavra. Evitava toda e qualquer oportunidade de falar em público – ainda que esse “público” se resumisse a uma ou duas pessoas. O medo de errar era meu companheiro inseparável. O temor de me expor ao olhar dos outros, de não saber me expressar, travava minha fala e me isolava do convívio com os demais.
Considerando esse quadro tão desalentador, posso ou não afirmar que alguns inimigos internos atentavam contra minha liberdade de expressão e de movimentos? Que esses inimigos, até então desconhecidos, deixaram marcas negativas em minha psicologia, anulando-me no meu campo de realizações?
Ao iniciar meus estudos de Logosofia, surpreendi-me com a concepção logosófica de sistema mental, que apresenta a mente humana como formada, de um lado, pelas faculdades da inteligência e, de outro, pelo espaço onde atuam as entidades psicológicas chamadas pensamentos. Qual não foi minha surpresa ao perceber que minha forma de ser e de viver era determinada por essas entidades psicológicas!
Observar a presença desses pensamentos foi como perceber minha mente transformada em um pequeno forte tomado por inimigos invasores. Sem dúvida, minha mente – e, com ela, minha vida – estava nas mãos desses ditadores, que me levavam a atuar de forma contrária ao que eu mesma queria e planejava, negando-me a realização de meus mais caros propósitos.
A inibição foi um dos inimigos que logo me empenhei em debilitar. No livro intitulado Deficiências e Propensões do Ser Humano, encontrei que essa deficiência psicológica diminui o valor do ser que a possui, acarretando perdas irreparáveis em todos os campos da vida.
Ao iniciar-me nos estudos da Logosofia, procurei aplicar o método logosófico para extirpar esse pensamento negativo, observando-o sempre que se fazia presente. Comecei a “exercitar a pontaria”, armando-me de defesas internas para não sucumbir diante de suas artimanhas. Posso dizer que, no empenho de debilitar a deficiência da inibição, tenho travado verdadeiras batalhas internas.
Hoje, é com grande alegria que me reconheço nas experiências em que preciso me expor com confiança em mim mesma. O uso da palavra tornou-se um exercício que cumpro com felicidade. Percebo que, a cada dia, tenho mais domínio dos meus pensamentos ao falar, expressando-me com crescente desembaraço e fluidez. Já consigo falar em público e apresento a segurança de que não serei traída por aqueles antigos inimigos. Como é grato constatar essa superação diante de mim mesma!
Você, caro leitor, quer saber com mais detalhes como tenho conseguido isso? Então venha conhecer a Logosofia e comprove que é possível desalojar os inimigos que habitam nossa mente, eliminando falhas, erros e deficiências presentes em nossa psicologia.