Autoconhecimento

Decifrando Provérbios Populares

maio de 2024 - 2 min de leitura
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Decifrando Provérbios Populares

maio de 2024 - 2 min de leitura

Desde pequena ouvia alguém dizer “que devia fazer o bem sem olhar a quem”. Depois de certa idade comecei a questionar se isso era mesmo o correto, se deveria fazer o bem até para aqueles que não são merecedores, que demonstram ingratidão diante do bem recebido ou para aqueles que não sabem fazer bom uso desse bem.

“Fazer o bem sem olhar a quem”

Cresci ouvindo o dito popular que dizia para “fazer o bem sem olhar a quem.” Por um tempo, procurei agir conforme esses dizeres até que comecei a me questionar se isso era mesmo o correto, se eu deveria fazer o bem até para aqueles que não são merecedores, que demonstram ingratidão diante do bem recebido ou para aqueles que não sabem fazer bom uso desse bem. E comecei a duvidar da lógica desse “dito popular”. Minha sensibilidade dizia que havia algo mais que estava passando despercebido pelo meu entendimento!

Algum tempo depois, lendo um livro intitulado “Introdução ao Conhecimento Logosófico”, do autor da Logosofia – Carlos Bernardo González Pecotche – deparei-me justamente com esse mesmo provérbio. O autor estava explicando o que, para mim, era o real significado da expressão “fazer o bem sem olhar a quem”.

González Pecotche afirma que a caridade é um pensamento de natureza divina e consente que o BEM deve ser feito independentemente de quem seja, de onde vem, se é branco ou negro, alto ou baixo, gordo ou magro. Esse é o verdadeiro sentido de se afirmar: “sem olhar a quem”.

A Logosofia ensina, também, que existem Leis Universais que devemos respeitar, assim como respeitamos as leis físicas, e uma delas é a Lei de Caridade que “determina olhar a quem se faz o bem, isto é, observar se o ajudado faz bom uso dessa caridade.”

E fazer o bem significa praticar a caridade com inteligência e sábia piedade. Ao oferecer ajuda, “devo olhar” se o ser ajudado terá essa mesma atitude para com outro ser e desta forma cumprir com o dever de gratidão, indispensável para o merecimento de uma eventual ajuda posterior. Nesse caso, a corrente de bem que se forma não morre egoisticamente no ser que a recebe e muitos outros serão também beneficiados.

O bem que faço, seja ele um conselho oportuno, uma advertência sincera, uma crítica construtiva ou uma ajuda pessoal, deve estar impregnado de bondade e generosidade para que eu possa receber os benefícios da Lei de Caridade.

Hoje compreendo o que significa, de fato, “FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM”!


Um pensamento de

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