O ano era 2008, e eu tinha um enorme medo do futuro. Eu chorava de tristeza, imaginando um mundo sombrio para a humanidade. Naquela época, falava-se muito do aquecimento global, que causaria muitas desgraças ao Planeta. Diziam que, em 50 anos, não haveria água suficiente, e teríamos muita fome e miséria. Seria o início do declínio e extinção da raça humana. Ficava realmente triste com isso.

Minha imaginação corria solta, ajudada pelos filmes apocalípticos que mostravam cenas catastróficas para o futuro da humanidade. Chorava por imaginar que meus netos, se houvesse vida até lá, não teriam uma vida digna e confortável. Era algo tão forte em mim que tirava minha energia e me levava a não ver sentido em nada! Nem em estudar, nem em evoluir, nem em viver… O pensamento era mais ou menos assim: Vou estudar e progredir para quê? A humanidade não tem futuro mesmo, tudo está perdido.

Comecei a investigar, com o estudo logosófico, as causas da minha tristeza e insegurança com relação ao futuro e fui formando uma base de conhecimentos que permitiu surgir em mim a confiança em Deus, em Suas Leis e em mim mesma. Foi um processo longo, que se iniciou a partir de uma pergunta que uma querida amiga fez a mim: “Você não confia em Deus?”

Na realidade, eu nem conhecia Deus e não havia como confiar em quem eu não sabia nada a respeito. Tinha um conceito totalmente equivocado e me sentia muito longe de conhecê-Lo. Por isso, tive um longo caminho a percorrer.

Primeiro, conhecer a Deus, formando um conceito correto, removendo as crenças e conhecendo-O por meio de Sua Criação e não por imposição de dogmas. Depois, o conhecimento das leis universais, que me fizeram sentir seu amparo em todos os momentos da minha vida. Destaco a lei do conhecimento, pois em um determinado ponto, quando já havia avançado alguns passos e começava a me sentir menos temerosa em relação ao futuro, foi publicado em toda a imprensa mundial que alguns dados anteriores, referentes ao aquecimento global, haviam sido forjados e que o panorama não era tão catastrófico. Ou seja, eu sentia medo de algo que nem sequer existia, por conta de muita imaginação e pouco conhecimento.

Contribuiu para ampliar a compreensão a respeito desses conceitos um ensinamento que está em um dos livros logosóficos:

“Deus não pode ter criado o prodigioso ser humano para aniquilá-lo depois inexplicavelmente. Isso implicaria a violação de leis expressas, destinadas a regular a evolução do homem; implicaria uma negação que a inteligência humana não pode absolutamente admitir.”

Era exatamente esse o ponto que não fazia sentido para mim e me causava sofrimento.

  • Por que a humanidade evoluiu tanto e caminhava para a autodestruição?
  • Qual o sentido disso?
  • Para que eu deveria continuar evoluindo se tudo acabaria?
  • Para que ainda nasciam crianças?

Fui buscando a solução desses questionamentos num processo gradual e seguro, guiada por ensinamentos de elevado conteúdo. Assim, pude eliminar as incongruências fantasiosas dos meus temores e avaliar o cenário com clareza e baseada em conhecimentos.

Hoje, certamente, eu me sinto muito mais confiante com relação ao meu futuro e o da humanidade. Sei que a humanidade precisa encontrar o caminho do equilíbrio. Porém, confio que Deus, ao criar o prodigioso ser humano, deu-lhe inteligência suficiente para perceber e corrigir os próprios erros. Se criou um problema, há de buscar a solução. Sou grata por já ter alcançado esse conhecimento, por saber que a evolução é para tudo e para todos, e que podemos acelerar este processo de evolução, realizando-o de forma consciente.