Como alcançar a imunidade nas lutas?
No último episódio da temporada, trazemos as reflexões que aprendemos com cada luta da vida, ressaltando que todas nos dão a oportunidade de nos superarmos e de servimos à humanidade com que temos de melhor.
Desde tempos imemoriais, a humanidade atribui grande valor ao ensino. Inicialmente, as habilidades transmitidas eram de caça, pesca e coleta. Mais tarde, o foco expandiu-se para o cultivo de alimentos e a realização de manufaturas domésticas, como fiar e tecer, acompanhando assim a marcha da civilização.
Na Idade Média, a relação entre mestres e aprendizes marcou o ensino profissionalizante, enquanto as poucas escolas e os conventos eram os centros de ensino intelectual.
Esse esforço de transmissão de conhecimentos, sejam profissionais, intelectuais ou sociais, sempre teve como finalidade criar indivíduos cada vez mais úteis à sociedade, respeitando, na maioria das vezes, as vocações e aptidões inatas. Para a guerra, eram escolhidos os mais fortes; para as artes, aqueles que demonstravam habilidades no manejo dos instrumentos; para a intelectualidade, os dotados de interesse e capacidade de assimilar conhecimentos complexos e abstratos.
No entanto, essas aptidões e capacidades constituem os chamados dons, bem como os limites cognitivos, uma vez que nas escolas regulares não foram instituídas disciplinas específicas para a criação de aptidões ou ampliação de capacidades.
Além dos limites impostos pelas aptidões e capacidades intelectuais, as características temperamentais antissociais também foram e continuam sendo consideradas inevitáveis e com poucas possibilidades de mudança ao longo da vida, sendo frequentemente resumidas pelo ditado: “pau que nasce torto, morre torto”.
A Logosofia ensina que é possível superar essas restrições ampliando a capacidade mental e perceptiva ao máximo. Isso pode ser alcançado através do conhecimento e cultivo das faculdades da inteligência e da sensibilidade, corrigindo deficiências caracterológicas que prejudicam o ser humano, como a intolerância, a impaciência e a timidez.
Carlos Bernardo González Pecotche, criador da Ciência Logosófica, instituiu um método original, o método logosófico, que permite ao ser humano conhecer a si mesmo, desenvolver e dominar profundamente as funções de estudar, aprender, ensinar, pensar e realizar.
Ao conhecer e cultivar cada uma das faculdades da inteligência — como as de observar, entender e refletir — e ao penetrar na realidade dos pensamentos, assumindo o governo deles com o exercício das aptidões conscientemente criadas, o ser humano pode ampliar o raio de ação de sua mente. Dessa forma, ele pode abarcar toda a sabedoria oferecida pela Criação Universal, habilitando-se a construir uma nova vida e um destino melhor para si e para todos os demais seres que o cercam.
Da mesma forma, o conhecimento da sensibilidade e suas faculdades – de sentir, amar, consentir, sofrer, perdoar, — e dos sentimentos que elas geram, elevam e fortalecem, junto ao cultivo de hábitos indispensáveis para uma vida pacífica e feliz, permite ao ser afastar as verdadeiras causas que definem as características temperamentais negativas, responsáveis por todos os dissabores que experimenta, bem como cultivar as qualidades que mais o enaltecem.
Ensina, pois, a Logosofia que “pau que nasce torto” pode ser consertado! E que toda aptidão intelectual é fruto de esforços individuais na busca do conhecimento, mesmo que isso não tenha sido deliberadamente almejado. Além disso, ensina que toda característica individual é moldada pelos erros e acertos cometidos ao longo da vida, muitas vezes de forma inconsciente. Alguns desses aspectos podem ser reparados, outros maximizados, resultando no surgimento de indivíduos melhores, capazes de contribuir para uma nova humanidade mais sábia, pacífica e feliz.