Você já viveu alguma experiência em que pensou haver superado, de uma vez por todas, um pensamento negativo que o induziu a adotar condutas ou hábitos indesejados? Passada a ilusão do triunfo final, uma nova experiência ou desafio apresenta-se e, desatento, você é novamente vencido pela velha tendência, que o leva a repetir os antigos erros.
Nesses momentos, acreditamos ter mudado uma característica de forma permanente, mas, na verdade, ainda oscilamos entre duas posições: a do ser que somos e a de quem queremos ser.
Esse processo reflete a própria Lei de Evolução: quem quiser deixar de ser o que é, deverá principiar por não ser o que é, além de estar amparado em outras Leis Universais, como a Lei de Mudança e a Lei de Repetição.
Mudar significa mover-se decididamente para a posição que se quer alcançar. De forma análoga, a crisálida, quando se converte em borboleta, cessa para sempre de se arrastar.
A conquista dessa condição requer repetição e ensaios de superação. Nesse sentido, não nos faltam oportunidades para provar a consistência das mudanças que ainda estão em curso.
No meu caso, uma tendência que se manifestava em muitas situações era a falta de confiança.
No ensino médio, meu desempenho era apenas o suficiente para passar de ano. Além de perder muitas oportunidades de aprendizado e de cultivo de aptidões e virtudes, a minha bagagem de conhecimento não foi o suficiente para passar nem no curso e tampouco na faculdade de minha preferência.
Já nos primeiros contatos com o estudo logosófico, propus-me a superar tal tendência.
O primeiro passo foi olhar com sinceridade para mim mesma. Aplicando o método logosófico, aprendi a identificar e selecionar os pensamentos que habitavam a minha mente, dentre os quais a indisciplina, a falta de vontade, a inconstância e o descumprimento.
Aprendi a contrapor esses pensamentos com o cultivo de virtudes. Estudando o conceito de confiança, soube que poderia criar oportunidades para me provar, gerando estímulos positivos e preparando-me para os desafios futuros. Só assim comecei a criar as bases para confiar em mim mesma.
Já na faculdade, decidi assumir uma nova conduta, atuando com mais seriedade, disciplina e valentia frente ao futuro. Ao final do ciclo acadêmico, esse esforço interno resultou em excelentes notas e muitas realizações.
Com isso, acreditei que finalmente havia vencido a falta de confiança. Porém, ao viver uma nova experiência que exige ainda mais constância, valentia e otimismo, tenho comprovado que minha confiança continua sendo testada, desafiando-me a perseverar e a merecer essa conquista, realizando o esforço de seguir adiante, apesar das hesitações. Afinal, como a borboleta, cabe a mim parar de me arrastar e seguir em frente.
Tenho aprendido com a Ciência Logosófica que, como toda Lei Universal, a Lei de Mudança é justa e inexorável. Ela jamais coloca alguém em outra posição que não seja a que cada um detém.
O autor da Logosofia, González Pecotche, ensina que “Ser significa saber” e é por meio do conhecimento que tenho conseguido mudar e evoluir rumo à conquista permanente de valores, como a confiança, que amplia a minha capacidade e torna a minha vida mais feliz.