Por vezes observo meu encantamento frente a algo aparentemente simples, mas de uma grandeza infinita: não existem dois seres iguais. Se somos atualmente cerca de oito bilhões de pessoas no planeta Terra, somos oito bilhões de seres diferentes, não só fisicamente, mas também no modo de ser. Somos únicos! No entanto, mesmo com toda essa diversidade, temos muita coisa em comum, como por exemplo os questionamentos sobre a vida, as inquietudes: De onde viemos? Por que e para que nascemos? Deus existe? Há vida após a morte física? Por que e para que existem os problemas?
Para a Logosofia, estas inquietudes são provenientes de nossa natureza espiritual, ensinando-nos que todos nós nascemos para evoluir e sermos melhores a cada dia. Nesta rota da evolução, devemos ir todos na mesma direção — ainda que, claro, com cada um percorrendo seu próprio caminho.
Podemos também observar nossa natureza espiritual na vontade em ser melhor, em fazer o bem e na felicidade experimentada quando atuamos de forma acertada. Temos muito em comum. Encontrei meu caminho na Ciência Logosófica, onde realizo, de forma natural e espontânea, um trabalho voluntário para que essa ciência possa chegar a muitos outros seres e beneficiá-los, assim como eu mesma estou sendo beneficiada. Experimento muita gratidão pela oportunidade de ter minha vida vinculada a essa obra de bem!
Se nasci para evoluir e ser uma pessoa melhor, que testemunho posso dar dessa evolução? Conheci a Logosofia ainda em minha juventude, e, praticando o método logosófico, fui edificando um novo ser, mais consciente de minha responsabilidade, que vai além do meu próprio aperfeiçoamento, pois só vale aprender se repassamos esse ensinamento adiante. Por isto minha identificação com esse método, já que, ao mesmo tempo que aprendo e evoluo, posso também colaborar com meu semelhante.
Em suma, desfruto não só do que planto, mas também do que é plantado pelo outro. Tenho compreendido que nada há de mais grato do que a possibilidade de evoluir e servir — que, afinal de contas, são as duas finalidades de nossa existência.