Algo que muito me atraiu quando conheci a Logosofia foi o conceito de ser. Ele transcende tudo o que eu já havia lido, ouvido, sabido ou imaginado e promoveu uma mudança enorme na minha postura frente à vida e na forma como enxergo a mim e aos demais.

O que você quer ser quando crescer?

Esta é uma pergunta que normalmente se faz às crianças, geralmente com enfoque na profissão. A resposta pode ir variando com o passar dos anos, mas o enfoque costuma seguir igual. Não seria essa uma preciosa oportunidade, que é frequentemente perdida, de incentivar um ser em formação a pensar em algo maior?

“Ser ou não ser, eis a questão:”

Esta célebre indagação do personagem Hamlet na peça de Shakespeare, elaborada há longo tempo, toca em um grande dilema apresentado ao homem desde que existe a espécie humana e que continua sem resposta para a maioria das pessoas.

Eu mesma, não tendo encontrado respostas que satisfizessem plenamente as minhas questões existenciais, fui deixando-as de lado, adormecidas em algum canto esquecido da mente. Ocasionalmente surgia algo que sacudia uma ou outra. Não satisfeitas, voltavam a adormecer profundamente, até que me tornei mãe, e meus filhos começaram a me apresentar suas próprias indagações, que reavivaram aquelas minhas inquietudes que estiveram hibernando.

Foi num momento em que me sentia sem recursos para encaminhar meus filhos em assuntos transcendentes que me aproximei da Fundação Logosófica, cheia de expectativas positivas, nascidas da leitura de um livro de Pecotche. Desde então, venho estudando Logosofia com muito gosto e me aproximando progressivamente do conhecimento de quem sou — alguém bem diferente do que imaginava.

Os ensinamentos logosóficos me têm auxiliado a conhecer recursos internos da minha constituição psicológica e espiritual, as origens das minhas dificuldades e limitações, e como superá-las.

Encontrei na escola logosófica os elementos pedagógicos para educar meus filhos, ensinando-os a pensar, fazendo-lhes perguntas lógicas e construtivas e não lhes oferecendo respostas prontas que vêm de longe, passadas de mente em mente, geração após geração, sem gerar efeitos positivos para o aperfeiçoamento individual. Prova disto é a situação caótica da humanidade.

Ser e não ser na concepção logosófica

A Logosofia ensina que ser significa saber, e que é possível aumentar o próprio saber com os conhecimentos transcendentes que ela põe ao alcance dos seus cultores; afirma que todos podem obter os meios para serem mais íntegros e conscientes. Ensina também que evoluir conscientemente é a única forma de conhecer o verdadeiro valor da existência.

Encontrei nos livros de Logosofia um mestre de sabedoria que me tem guiado ao encontro de mim mesma para saber quem sou, quem quero ser e como encontrar, por mim mesma, as respostas para as grandes questões que continuam aflorando em minha mente, na medida em que vou aperfeiçoando minhas condições internas. Assim, vou aprendendo a ser melhor a cada dia, na medida do meu esforço e capacidade — que também podem ser ampliados por minha determinação.