Estaria o destino humano escrito nas estrelas, desde o momento em que alguém nasce até sua entrega definitiva à noite dos tempos? 

Se assim for, de nada adiantaria ser melhor, mais correto, mais bondoso, mais justo, já que tudo no fim acabaria da mesma forma. 

Seria esse tipo de destino algo moralmente correto e digno de uma espécie detentora de uma invejável capacidade mental, que produziu as mais espetaculares mudanças na face do planeta, enviou naves a todos os cantos do sistema solar, levou o homem à Lua e elevou a média de longevidade, apenas no século 20, de meros 36 anos para mais de 70 anos? 

Essa mesma capacidade mental seria capaz de determinar, na medida de seu poder realizador e do esforço individual, destinos individuais como bem quisesse? 

Como está implícito nos questionamentos anteriores, de nada adiantaria ter uma capacidade mental maravilhosa, o livre arbítrio para realizar escolhas de toda ordem e um sistema sensível com poder de influenciar julgamentos e ações, se a sorte já estivesse definida por entes cósmicos predeterminantes, completamente alheios à vida individual. 

Somente se justificaria possuir tal poder de julgamento e de escolha sobre as ações a serem adotadas se o resultado correspondente pudesse ser usufruído por quem se empenhasse em adotar uma conduta meritória em todos os atos da vida. 

Com efeito, a Logosofia revela a existência de Leis Universais que expressam a Vontade do Criador e que regem desde os astros mais proeminentes até as menores partículas ultrassensíveis, a tudo governando com justiça e exatidão, não lhes escapando o menor movimento, quer físico, quer mental, realizado no seio da vida universal. 

De todas as Leis que regem o Universo, a Logosofia ensina que as mais diretas e estreitamente vinculadas à vida humana são as de: Evolução, Causa e Efeito, Movimento, Transformação, Herança, Tempo, Correspondência, Caridade, Lógica e Adaptação.

Regido por essas Leis, o destino individual assume a forma e a orientação moldadas por seus pensamentos, sentimentos e ações, conferindo a cada pessoa o grau de evolução e a herança individual em conhecimento e valores morais merecidos pela qualidade de sua conduta. 

Se a conduta de um indivíduo for boa consigo mesmo e com os outros ao seu redor, ele será digno de um bom conceito e poderá usufruir da felicidade que um elevado conteúdo moral concede como patrimônio espiritual. 

Se o ser agir mal, enfrentará o julgamento desfavorável dos outros e carregará sobre os ombros o peso das culpas pelo mal que causou a si mesmo e a quem teve a infelicidade de o encontrar pelos caminhos do mundo. 

Portanto, o destino humano é uma consequência lógica, direta e justa do conteúdo da vida que cada um experimenta em sua jornada terrestre, na qual são oferecidas inumeráveis oportunidades de realizar esforços, fazer escolhas, recolher conhecimentos, distribuir e receber valores morais e espirituais.  

Esse é, sem dúvida, um destino justo e digno de seres inteligentes e sensíveis, dotados de uma consciência e uma vontade para governar sua vida e construir seu próprio destino.