Em dias de noite estrelada, não é rara a pergunta entre os curiosos principalmente: existe vida em outros mundos? Será que existem seres de outros mundos no nosso mundo?
O homem sempre se inquietou com essas perguntas, em especial aqueles dados à reflexão. Até agora ninguém foi capaz de explicar com clareza, e sem misticismo, o que nós somos, em que mundo vivemos e se existe vida em outros mundos. Esses fatos permanecem como um mistério.
Diante dessas perguntas, uma coisa é certa: todos nós, seres humanos, vivemos no mundo que nos circunda. Neste mundo está a nossa profissão, família e nossos amigos – tudo que vemos, somos e fazemos está no mundo que nos circunda. Este é o mundo que conhecemos e no qual vivemos a maior parte de nossas vidas. Entretanto, há de se dizer, existem questões que o homem apresenta sobre si que o mundo circundante não pode responder.
O homem, em diversas épocas da história humana e científica, perguntou-se sobre o seu passado (de onde eu vim?), seu presente (quem eu sou?) e seu futuro (para onde eu vou?). Essas e outras questões não são respondidas pelo mundo circundante, mas sim por cada um — em seu mundo interno. É por conhecer pouco esse seu mundo interno, e visitá-lo menos ainda, que o homem vive angustiado, sem saber o que fazer ou para onde ir, uma vez que tudo aquilo que tem não lhe parece satisfazer.
Poucos são os que podem dizer o que ocorre em seu mundo interno. É lá onde vivem os pensamentos, sentimentos e onde estão as sensações humanas e suas reações positivas ou negativas. Essa é a zona que, por diversas vezes, move a vontade do homem em direção aos seus anelos e propósitos. A maior parte da humanidade sempre buscou respostas de natureza transcendente fora de seu mundo interno. Mas uma coisa podemos dizer: as grandes questões que o homem apresenta sobre si não são (e não podem ser) respondidas pelo mundo circundante, pois são de natureza diversa.
As questões externas deveriam então mudar de natureza ou foco. Ao invés de se perguntar se existe vida em outros mundos, o homem deveria perguntar sobre o seu mundo interno:
Ao refletir sobre estas e outras perguntas, o homem perceberá que muitas vezes quem vive a sua vida não é ele, mas os habitantes de seu mundo interno, conhecidos como os pensamentos — seres autônomos que se movimentam de forma dependente ou independente da vontade do homem. É conhecendo os seus pensamentos, se próprios ou alheios, se produtivos ou improdutivos, que o homem poderá realizar a mais bela viagem de todas: a viagem rumo ao centro de seu próprio mundo interno, viagem essa que só é permitida a si mesmo e a mais ninguém.