Desde criança fui uma pessoa alegre e feliz dentro do meu pequeno mundo, formado por uma família de nove irmãos, sendo eu a terceira. Educada numa boa família, fui orientada para ser uma pessoa de bem — sendo melhor, estudando, brincando e tendo uma boa convivência com meus irmãos. Esses eram os meus deveres. Os conceitos usados em nossa educação eram como os da maioria das pessoas: baseados em uma educação mais rígida e fundamentados na obediência e temor a Deus.
Com a chegada da adolescência as coisas começaram a mudar, como era de se esperar, pois tudo está em evolução. Certo dia fui surpreendida com a notícia do falecimento de uma amiga da mesma idade, que morava na mesma rua. O motivo era leucemia. Fiquei chocada com a notícia e questionei com meu pai o motivo de sua morte, pois ela era uma pessoa boa, obediente aos pais e a Deus, estudiosa, dentro de todos os padrões exigidos em nossa época pela sociedade. Meu pai, também constrangido, respondeu-me que não sabia. Ali foi quando surgiu minha primeira questão sobre o porquê de estar neste mundo.
Nasci, cresci e depois?
Vou morrer como minha amiga?
É uma injustiça, pensei.
Que razão ou razões eu tinha para continuar vivendo? E por que e para quê fazer tudo certinho, dentro dos padrões se depois tudo acaba?
A partir daí, minha vida deu um salto…
Tornei-me uma jovem que buscava respostas para esta e outras questões e, nessa busca, encontrei uma pessoa com a qual tinha muitas afinidades, que vivia em busca de respostas e da verdadeira felicidade, entre outras coisas mais. Casamo-nos, tivemos nosso primeiro filho e a busca continuava. Até que apareceu um amigo e nos falou sobre a Logosofia. Naturalmente nos identificamos com os novos conceitos, com uma Nova Cultura que nos apresentava Carlos Bernardo González Pecotche, seu criador, e tantos elementos novos que nunca imaginávamos existissem.
Nossa forma de “sentir e conceber a vida”, como nos ensina a Logosofia, impactou nossa visão de futuro, educação dos filhos, herança, vida, morte, cultivo de valores, defesas mentais e muito mais. Daí para a frente, tudo realmente foi tomando um novo rumo.
Hoje, com dois filhos, e todos estudando Logosofia, podemos dizer que conseguimos lhes oferecer o que de mais grato uma pessoa pode receber: o contato com conhecimentos que mudam a vida! Ensina a Logosofia: “Ninguém poderia sustentar jamais, sob pena de ser tido como desequilibrado, que seja preciso privar o homem de conhecimentos para que ele seja feliz. Sem saber exatamente o que a vida e seu destino lhe exigem saber, como poderá cumprir sua missão de ser racional e livre? Como poderá satisfazer os anseios angustiosos de seu espírito, se é privado da única possibilidade de satisfazê-los, ou seja, das fontes do saber?”
Saber que sou uma pessoa constituída com três sistemas: mental, sensível e instintivo, e que estou aqui para cumprir com um Processo de Evolução Consciente, trouxe-me muita gratidão. Grata àquele amigo que um dia me falou sobre esta nova ciência, e a todos aqueles que me estimularam nessa caminhada rumo à evolução consciente.