Vida

As Reações Humanas

janeiro de 2022 - 3 min de leitura
Vida

As Reações Humanas

janeiro de 2022 - 3 min de leitura

Gosto muito de observar os inúmeros movimentos que acontecem no meu raio de ação, no meu campo visual, até onde minha vista possa alcançar. Falo aqui dos movimentos externos; mas se levamos em conta nossa própria fisiologia, vamos nos deparar com um movimento interno incessante — a respiração, o coração, as células —, tudo reagindo e provocando reações, numa dinâmica que independe de nossa vontade; e tudo funcionando muito bem.

Recentemente, num ato de observação interna bem sucedida, flagrei-me fazendo mau uso da minha palavra, ou seja, flagrei-me falando sem dar tempo para que uma reflexão mediasse o conteúdo do que eu iria expressar; naquele momento, descuidei do peso que cada palavra possui e da responsabilidade que cada uma carrega em si. O resultado foi que provoquei reações negativas, ao invés de estar atento para as palavras propícias à formação de bons relacionamentos, que são justamente aqueles onde as palavras mais valorosas se somam visando à evolução.

O olhar e atenção para si

Tenho ficado atento às múltiplas reações que acontecem na convivência, procurando descobrir suas causas e a forma de contê-las. Entendo que os movimentos que antecedem nossos relacionamentos merecem uma reflexão e precisam ter alguns ingredientes que os tornem simpáticos e amáveis, além de conterem, é claro, todos os elementos éticos essenciais para uma boa convivência.

Na nossa casa, com os nossos filhos, temos não só a possibilidade de vivermos momentos de grande alegria, como também de formar um importante campo experimental para nosso desenvolvimento como seres humanos. Mas é nesse ambiente, também, onde ocorrem importantes reações da nossa psicologia. Há dias em que já acordo brigando com a minha sombra e nem quero ver minha cara no espelho. Se, porém, detecto esse problema quando ele ainda está na minha área de ação, posso resolvê-lo ainda em seu nascedouro, ou seja, dentro de minha própria mente. Mudo os pensamentos, e minha vida muda. Isto, meus amigos, é o que tenho aprendido com os conhecimentos logosóficos, e que tanto comove o meu espírito.

O autoconhecimento concedido pelo pensamento logosófico

O conhecimento logosófico que venho incorporando dia a dia tem movimentado minhas aspirações mais profundas, entre outras, a de evoluir até a perfeição, a de fazer o bem, a de ser um servidor da humanidade, a de amar a vida, fazendo com que elas sejam constantes fontes de energia e entusiasmo. Penso que todos conhecem aquela reação que nos pega desprevenidos, que nos faz atuar de maneira impulsiva, sem o controle de nossa vontade. Essas reações, muito frequentes, provocam um verdadeiro desequilíbrio psicológico, resultando, muitas vezes, em reações intempestivas e até violentas, já que nossa suscetibilidade não gosta de ser contrariada.

Com meus estudos logosóficos, estou aprendendo que devo arar a terra e preparar meu campo mental para receber essas sementes de natureza superior que me fazem feliz a todo instante. Encontrei, entre esses ensinamentos, aqueles que me ajudam a conter as reações do meu temperamento; reações, por vezes não muito sutis, que exigem minha constante observação.

Quando me dedico ao estudo e à meditação dos conhecimentos apresentados pela ciência logosófica, sinto a força estimulante de cada ensinamento e constato o quanto isto me entusiasma a trilhar o caminho em direção ao eterno.

Seria o caso, portanto, de aconselhar aqui que cada um, ao se levantar pela manhã, tendo presente a importância de que se reveste esta realidade, adquirisse o costume de exercitar seu temperamento em diversos movimentos tendentes a manifestar uma modalidade agradável aos semelhantes com quem haverá de conviver; desta forma, conseguirá polir as asperezas, os atos intempestivos e os gestos chocantes, que sempre produzem reações adversas no próximo. González Pecotche


Um pensamento de

 Sydnei Rocha
Sydnei Rocha, casado, com dois filhos e umaneta, administrador de empresas, nascido em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, estudante, investigador e docente da Fundação Logosófica desde janeiro de 1974.

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