Quem diria que o ano de 2020 seria assim! Está escrevendo suas páginas na história da humanidade e marcando nossas vidas. Mas… e a nossa história — você está escrevendo a sua história? Eu acredito que cada um escreve a própria história, é responsável pelas próprias escolhas e pelos caminhos a seguir.

Então, pergunto: como você quer viver este momento? Muitos dirão que não podem escolher, afinal ninguém escolheu essa doença, ninguém escolheu a quarentena, nem ficar longe dos que ama. É verdade. Mas o mundo em que vivemos nos apresentou esta situação. E agora, como vamos passar por ela?

É sobre isso que estou falando. Sobre como nos adaptarmos às adversidades que a vida nos impõe. Fomos surpreendidos por uma realidade adversa, e a forma como cada um responde a ela repercute não só em nós mesmos, mas em todos os que nos rodeiam. Muitas pessoas sentiram-se paralisadas pelo medo diante de tantas circunstâncias inesperadas.

Existe uma realidade inquestionável com a qual temos que lidar: ou você se adapta ou não ─ é a Lei Universal de Adaptação. Adaptar-se nem sempre é fácil e, às vezes, implica certo sofrimento inicial, mas não se adaptar é certamente muito pior: é causar sofrimento para si mesmo.

Todos passamos por momentos de adaptação na vida: quando nos casamos, temos filhos, mudamos de cidade ou de emprego. Todas essas são situações que implicam uma resposta nossa. A forma como encaramos tais mudanças faz toda diferença. Quem não se adapta, sofre. E foi isso que eu pude constatar nesta experiência.

Carlos Bernardo G. Pecotche, autor da Logosofia, afirma que

É frequente constatar uma tenaz resistência a aceitar as mudanças inesperadas que costumam produzir-se nas situações tidas como permanentes na vida corrente; tanto assim que a primeira reação psicológica ou do sentimento é o desespero e o desconsolo, acompanhados de um profundo pesar, muitas vezes inibidor da reflexão. É claro que o tempo atua como sedativo e, em definitivo, é ele que traz a adaptação.(…) Adaptar-se é preparar dentro de si as condições adequadas para que o equilíbrio normal da vida perdure sem modificações, ainda que a vida se modifique tantas vezes quantas sejam necessárias ou o reclamem as circunstâncias. O contrário seria nos entregarmos como prisioneiros de um inimigo invisível, porém real, que estaria continuamente abatendo nosso ânimo.

Mudar não é fácil e exige esforço, paciência, movimento, e nem todos estão dispostos a fazê-lo. Muitas das adversidades que vivenciamos não são escolhas nossas; a escolha está em como vamos passar por elas.

Refletindo sobre toda essa realidade e como quero passar por ela de maneira consciente, eu me perguntei: o que a adversidade me ensinou? O que quero plantar neste momento em que estou vivendo? O que quero colher no final deste período de quarentena?

E você, como tem escolhido viver essa realidade e que lições tem tirado dela?

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