Comportamento

A morte sem medo e sem mistérios

julho de 2023 - 2 min de leitura
Comportamento

A morte sem medo e sem mistérios

julho de 2023 - 2 min de leitura

Durante muito tempo, recusava-me a pensar nos conceitos de vida e de morte. Os motivos dessa falta de interesse sobre o assunto eram variados, e fugir do tema me dava segurança ou, melhor dizendo, uma falsa segurança.

Recordo-me que, quando era adolescente, aprendi com meus pais que, para viver bem a vida, deveria ser honesta, bondosa e respeitosa com as pessoas. Muitos foram os exemplos de atitudes honradas que meus pais me transmitiram para viver e conviver bem com os demais, tendo essas características em conta.

 

Há algum tempo estudo Logosofia. Esse estudo tem-me feito querer recordar, refletir e pensar sobre tudo. E nesse tudo entram muitos temas, inclusive a vida e a morte. Em alguns momentos, esse querer cresce, e um deles é quando nasce um bebê na família ou próximo a mim. O nascimento traz vida, esperança, confiança na perpetuidade. Entre o nascimento e a morte, ocorrem muitos processos que permitem, com o tempo e o exercício da observação, recordar e cultivar gratidão pela vida. Afinal, a vida é uma grande oportunidade para viver e também para morrer. Parece estranho, mas não é.

Com a maturidade, o valor que tenho dado aos novos conhecimentos em minha vida me estimula a recordar, refletir, pensar e sentir a vida como um presente que me foi outorgado por Deus. Hoje não fujo mais do assunto morte, nem a temo como antes. Mas penso muito mais na vida, busco ocupar-me dela e dar muito valor a cada momento e a cada nova oportunidade que surge. Esforço-me para cuidar do meu corpo físico e da vida dos meus pensamentos e sentimentos, pois é com eles que experimento pequenas e grandes emoções da vida e da morte.

Algumas pessoas podem pensar: “Mas será que ela já perdeu alguém muito querido para fazer essas reflexões?” E a resposta é sim. Justamente por viver cada alegria e cada luta que a vida nos proporciona é que tenho chegado a essas e outras conclusões.

Por tudo isso, hoje vejo minha vida com mais serenidade e leveza, encaro-a como uma oportunidade de aprender e superar a mim mesma. Passo a ter assim um objetivo muito maior para viver e conviver — sem que o temor à morte ou o temor ao que a vida ainda me pode oferecer impeçam que eu seja grata às pequenas porções de bem que formam a verdadeira felicidade.

No entanto, quando o assunto era morte, o temor surgia e, com ele, meu total desinteresse.

Um pensamento de

 Luciene Alves Linhares
Luciene Araújo, mãe de dois filhos, avós de três netos, pedagoga, atuante na assessoria do Ensino Médio do Colégio Logosófico de BH, e docente da Fundação de Belo Horizonte.

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