Meu netinho sumiu! Caça intensa e encontrei-o debaixo da mesa de jantar. Estava em meio a pedacinhos de pão de queijo amassados e rajados de marrom sujeira, deliciando-se com essa iguaria mineira que parecia ter agora novas combinações de ingredientes. Estava a pensar na diarreia e até em uma infecção intestinal, quando chegou um familiar que comentou: não há como se esconder de micro-organismos, vivemos e respiramos um mar de bactérias.

Desde quando eu era bem criança, minha mãe era obsessivamente cuidadosa com a higiene da minha alimentação e a da de minhas irmãs. Sempre comi muitas frutas e legumes – tudo lavado e relavado por ela. Nada de açúcar até não sei que idade. É claro que não me lembro dos efeitos disso tudo na época.

Mas, voltando um pouco atrás, não é que meu familiar tinha razão?  Pelo menos do ponto de vista da ciência médica, os germes e micróbios estão livres para uma civilização própria. Verifiquei e descobri que existem mesmo pesquisas, com até 30 anos de controle, que concluem que a causa de muitas doenças na infância é a vida “livre de germes e micróbios” (Fonte: Site BBC.22.05.2018/Hospital Albert Einstein.01.2019).  

Continuando meu interesse, agora lendo publicações na mídia digital, surpreendi-me com a informação de que a gordura saturada não é tão ruim quanto se imaginava. Será que agora utilizaria minha manteiga preferida com gostosa satisfação, sem culpa?

Comer ovos é privilégio nutricional máximo! A afirmativa científica de que o ovo ficou conhecido por fazer mal à saúde porque sua gema é rica em colesterol foi contestada já há algum tempo, com o argumento que o colesterol presente em alimentos naturais tem baixo risco de fazer mal à saúde.

Sempre escutei, desde a adolescência, que chocolate causa espinhas, engorda, mas correntes alimentares afirmam que comer uma pequena porção de chocolate amargo por semana reduz o Índice de massa corporal.

“…quão indispensável é que em tudo compareça o elemento mais ponderável e nobre de nossa vida, e é essa medida chamada sensatez, que devemos usar sempre para avaliar as coisas e enquadrá-las segundo seus respectivos valores.”  https://logosofia.org.br/livros/o-senhor-de-sandara/

A ciência aprova e desaprova seguidamente!  A atividade científica é, por princípio, calcada na dúvida. Começa por hipóteses e teorias que, por meio de experimentos, podem ou não ser comprovadas. No caminho, há espaço para erros, retornos e reformulações.

Quanto mais apego a uma ideia, uma apreciação, uma posição, compreendo que há mais perda! Foi assim comigo, quando da vacinação de meus filhos, ainda na primeira infância. Poxa, tanto conhecimento científico disponível e o apego à homeopatia convencional conseguiu travar meu discernimento. Por recomendação da médica homeopática à época, não levei meus filhos para tomar a vacina tríplice viral, e minha filha do meio teve catapora, sarampo e rubéola, correndo risco de infecção séria, de acordo com análise futura.

Será que há sempre um preço a ser pago pelo zelo excessivo e apaixonado, assim como pela negligência, domínio da inércia psíquica, que conduz a crenças, mitos, tradições e manipulações, que encharcam nosso cotidiano?

Tenho aprendido com a Logosofia que o mal é tudo o que confronta as Leis do Universo e que produz desequilíbrio.

Para onde correr?
Felizmente, essa ainda é uma compreensão pessoal, que depende da minha ponderação e equilíbrio entre o conhecimento e a ignorância; não menos importante, entender que há que saber buscar o conhecimento transcendente e esperar para atuar com oportunidade e pertinência, uma vez que as variáveis mudam a cada circunstância da vida.
Aprender a pensar. Não apenas para aquela situação determinada, mas para a vida — que nos pede uma conduta, uma ação, uma escolha nas múltiplas situações do viver diário. Ponderar meus elementos de juízo nas inúmeras situações do meu dia a dia, extrair seu valor intrínseco para a vida e aumentar a medida da sensatez nos meus atos.

O que a Logosofia propicia é ir às causas, e não aos efeitos, para buscar a medida da sensatez. Ensina que as coisas só são boas quando nos aproximam do equilíbrio! Como já tive problemas gástricos doídos, posso concluir afirmando: a fome é uma dor, mas a comida desregrada também.