O que nos faz sentir gratidão? De onde vem esse sentimento?
Há quem sinta gratidão pela vida, por uma conquista material, por uma etapa concluída, por superar uma adversidade, por um bem imaterial recebido ou por poder proporcionar um bem a outro ser.
Seja qual for o motivo, o maior beneficiado é quem sente – não apenas pelo bem recebido ou realizado, mas também pelo movimento interno que isso gera.
Muitas pessoas e aprendizados me marcaram ao longo da vida; recordá-los com o sentimento de gratidão significa mantê-los vivos dentro de mim.
Reconhecer a importância desses momentos vividos contribui para a minha evolução e retribuí-los aos demais é um compromisso que mantenho para que não morram em mim.
Como não corresponder, como não ser grata, ao ser de ontem que tanto contribuiu para o ser que sou hoje? Cabe-me expandir esse bem, criando um ciclo virtuoso que alcance toda a humanidade e torne o mundo mais harmonioso.
O autor da Logosofia ensina
Trabalhar e consagrar a vida ao bem pelo próprio bem é oferecer a melhor prova de gratidão à Suprema Lei de Deus. (Coletânea Revista Logosofia – TOMO II, p.204)
Recordei um fato que vivi. Tenho uma amiga muito ativa nos diversos papéis que exerce, e nem sempre quem está por perto consegue acompanhar sua agenda intensa. Certa vez percebi que ela queria muito ir a um show, mas não tinha companhia. Sabendo o quanto ficaria feliz, decidi acompanhá-la. Chegado o dia, passamos momentos agradáveis juntas, compartilhamos experiências, e o show superou minhas expectativas. Senti gratidão por ter feito um bem, que, no final, retornou a mim em momentos muito especiais.
O poder da gratidão, quando não é inato, pode ser desenvolvido por qualquer um que assim o desejar. É uma prerrogativa de todos os seres humanos; senti-lo traz um significado profundo e especial à vida, tornando-nos protagonistas de uma humanidade mais consciente e melhor, ao expandir aos demais o bem recebido – sem interesses, apenas com o propósito de fazer o bem.
E você, a que é grato?