Comportamento

A escuta ativa como ato de caridade

abril de 2025 - 2 min de leitura
Comportamento

A escuta ativa como ato de caridade

abril de 2025 - 2 min de leitura

Sabe quando você está aguardando alguém para um compromisso e você tem, naqueles minutos, oportunidades que de outra maneira não teria? A história é um pouco sobre isso.

Quando alguém nos aborda em um dia qualquer, nossa primeira reação é negar e não dar atenção. No entanto, nesses momentos pode estar a oportunidade de realizar o que tanto procuramos:  a evolução e o bem.

A história começa em uma estação de metrô lotada, eu parado, observando as pessoas indo para seus destinos, ouvindo música no fone de ouvido, olhando o relógio e pensando: “Minha amiga ‘tá demorando”.

É nessa hora que uma pessoa para à minha frente e começa a falar comigo. Na minha mente surgem duas falas: “sério? ‘Tô aqui ouvindo música. Deixa eu tirar o fone para ser educado”, e também: “como vou fazer para que essa pessoa vá embora?” Tudo aconteceu em questão de segundos, e eu sentia-me travado, com medo. 

Em uma cidade onde uma abordagem de rua gera insegurança, a primeira reação de qualquer pessoa é sentir medo. Então, como conseguir confiar na humanidade e ouvir de fato o que aquele indivíduo queria? Eis algo que há muito tempo tenho pensado. Foi exatamente nesse momento, observando as circunstâncias favoráveis, que decidi tentar fazer algo que sempre digo que quero fazer: o bem. 

Naquele momento não havia risco de ser assaltado ou de algo ruim acontecer. Então, por que não ter uma conduta diferente? Foi o que fiz.

Aquele indivíduo que me abordou queria algo de necessidade básica, nada que me faria falta. Imaginei quantas pessoas ele deve ter abordado e quantas teriam tido a mesma atitude que eu queria ter tido: não ouvir e ir embora. Para minha surpresa, ao olhar nos olhos dele,  vi que ele parou e disse: “Nossa, você está realmente me ouvindo. Obrigado por isso”.

Ao ouvir isso, recordei de quantas vezes deixei de escutar as pessoas e de prestar atenção às diversas circunstâncias, falhando em cumprir meu objetivo de fazer o bem para a humanidade.

 Ao observar tudo o que aconteceu, percebi como uma simples mudança de atitude, ao ouvir e dar atenção, pode gerar uma transformação. Deixei de lado a rigidez, a timidez e o medo, confiei na minha sensibilidade e coloquei-me no lugar da pessoa que queria ser ouvida. Observei que, além de todas as minhas dificuldades, um egoísmo muitas vezes me impede de realizar conscientemente o bem. No entanto, dessa vez, não fui guiado pela minha deficiência, e sim por um propósito maior.


Um pensamento de

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