Certo dia, estava bastante preocupado com um problema. Ocupava grande parte de meu tempo com ele e mesmo após ter feito tudo que estava a meu alcance para solucioná-lo, ainda continuava a ocupar minha mente com essa adversidade que parecia querer a todo custo roubar meu tempo. Por causa de atrasos em documentos da universidade, eu poderia não conseguir iniciar o estágio em que fui aprovado.

Navegando na internet algumas horas mais tarde, me deparei com uma história interessante. Uma mulher americana havia ficado surda e cega aos 19 meses de vida. Porém, graças ao esforço próprio e a uma professora, foi capaz de desenvolver uma forma de se comunicar e, assim, superar muitas barreiras em sua vida. Ela se tornou a primeira pessoa surda e cega a obter um bacharelado e foi uma conhecida escritora e conferencista.

Qual o tamanho dos meus problemas?

Após tomar contato com essa história, refleti um pouco sobre a maneira pela qual eu lido com meus problemas e adversidades:

  • Não gasto tempo demais me preocupando com problemas que, quando comparados ao da mulher surda e cega, são pequenos?
  • Eu “supervalorizo” os problemas que surgem em meu cotidiano?
  • Não deveria preencher minha mente com questões maiores que pudessem transformar o mundo, por exemplo?

Pude ver que aquele problema, que parecia tomar uma proporção muito grande em minha mente, era muito pequeno. As consequências que ele poderia trazer seriam ínfimas se comparadas à toda a dimensão de uma vida e diriam respeito somente a uma parte dela. Penso que não é o ideal gastar todos os esforços de minha mente com problemas desse tipo.

O que eu posso fazer, então?

Conclui que não deveria limitar meus esforços em problemas do cotidiano, e surgiu dentro de mim o propósito de ocupar minha mente com mais pensamentos que pudessem transformar a mim e ao mundo em que vivo. A generosidade é um deles. A professora que ajudou sua aluna surda e cega pôde, graças ao desenvolvimento de um novo método de comunicação, ajudar a melhorar a vida de um significativo grupo de pessoas.

O que eu posso fazer para transformar o mundo? Mudar a mim mesmo! Mudar a maneira com a qual eu lido com meus problemas. Deixar de ocupar a mente exclusivamente com o cotidiano e ocupá-la com questões que sejam mais relevantes para a humanidade, fará com que mais pessoas se empenhem com a transformação do mundo, pois eu darei o exemplo.